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Bom dia e feliz ano novo! ☀️
Na news de hoje:
Jonathan na Dior, sei não
Dança das cadeiras, um resumo
A campanha feliz da Bottega
A nova Amy Winehouse
The Fall of Diddy
Quote: Uma frase pra refletir 🤯🤔
1 música pra encerrar: Come on Eileen
Jonathan W. Anderson é o melhor nome para a Dior?
A resposta é não. Vou explicar por que.
A frase “Jonathan Anderson vai para a Dior” praticamente já virou uma verdade, apesar de não haver nenhum pronunciamento oficial dele ou da marca. Os boatos surgem muitas vezes de comentários em off feitos por pessoas próximas e com conhecimento do caso. E também de observar as movimentações recentes de estilistas, como Kim Jones deixando a Dior Homme após sete anos e a dupla Jack McCollough e Lazaro Hernandez saindo da Proenza Schouler, marca que fundaram há 20 anos.
Dizem que Jonathan pode ir para a Dior masculina no lugar de Kim Jones. Mas faz sentido? Jonathan gosta de criar para todos os gêneros e é muito forte no feminino. Kim também deixou seu posto de diretor artístico da Fendi no final do ano passado. Ambas as marcas pertecem ao grupo LVMH.
Pra Kim Jones estar saindo das duas grifes simultaneamente, ele só pode estar indo para o grupo concorrente, Kering, dono da Gucci e da Balenciaga. E quem está precisando de um estilista lá? A Gucci, que acaba de anunciar a saída de Sabato de Sarno de sua direção criativa. Kim seria ótimo, tem um estilo contemporâneo e pop ao mesmo tempo, é super conectado com a cultura, entende de masculino, feminino e alta costura e seu estilo tem frescor e personalidade, porém sem ser super marcante como o de Alessandro Michele ou Hedi Slimane, por exemplo, que acabam prisioneiros de sua própria visão.
Voltando ao Jonathan na Dior. Gente, a Dior vestiu Ivanka Trump na posse (aquele look a la The Handmaid's Tale). E o presidente do grupo LVMH (dono da Dior) Bernard Arnault — o homem mais rico da França e o quinto mais rico do mundo — estava no palco ao lado de seu filho Alexandre (vice-CEO da Moët Hennessy) e de sua filha Delphine (CEO da Dior). Segundo matérias que eu li, a principal motivação de Bernard foi demonstrar apoio a Trump, enquanto a LVMH busca evitar tarifas sobre suas marcas de luxo.
Quem ocupa a cadeira da Dior no momento é Maria Grazia Chiuri, uma estilista “obediente”, que não se importa em fazer papel de boba com uma camiseta “We Should All Be Feminists” (vendida a R$ 5 mil). Se colar, colou né? A moda é assim. Muitas clientes amam as roupas criadas por Maria Grazia. Eu nunca engoli (que diferença faz, não é mesmo? rssr). Mas são corretas demais, mornas demais pra uma cadeira que já teve nomes como John Galliano e Raf Simons. Isso sem falar no próprio Christian Dior, que foi um intelectual, um pensador da moda, além de estilista sensível e extremamente habilidoso. (Raf Simons pra mim é o que mais chega próximo da personalidade de Christian).
Enquanto a Dior tava fazendo camiseta feminista, JWA estava redefinindo as construções das roupas, revendo os limites entre o masculino e o feminino, o artesanal e o tecnológico e criando novas conversas entre a moda e a arte contemporânea. Moda para ele é uma linguagem artística, e ele o faz com tanta contemporaneidade, esperteza e bom gosto que ainda consegue sucesso comercial, levantando uma marca que estava adormecida e que tem mais de 100 anos de história.
Eu vou adorar quando a Maria Grazia sair da Dior - não há ninguém no momento que me entedie mais do que ela - mas sinto que a grife deve continuar com uma abordagem conservadora. Se JWA de fato ocupar este lugar, vai ser um desperdício não deixa-lo livre para fazer o que sabe fazer melhor.
Certamente Jonathan Anderson sabe que já explorou tudo em seus 10 anos de Loewe e quer novos voos. Mas será que a Dior está preparada pra ele?
Dança das cadeiras na moda, de setembro pra cá
Sabato De Sarno sai da Gucci.
Matthieu Blazy sai da Bottega Veneta; entra Louise Trotter, ex- Carven.
Virginie Viard sai da Chanel, entra Matthieu Blazy (seu primeiro desfile acontece em outubro).
Jack McCollough e Lazaro Hernandez deixam a Proenza Schouler, marca que fundaram há 20 anos.
Eles devem entrar na Loewe no lugar de Jonathan Anderson que, segundo rumores, vai para a Dior feminina e/ou masculina.
John Galliano sai da Maison Margiela; entra Glenn Martins.
Kim Jones sai da Fendi e da Dior masculina.
Hedi Slimane sai da Celine, entra Michael Rider.
Matthew Williams sai da Givenchy; entra Sarah Burton. Seu primeiro desfile é em março.
Haider Ackermann entra na Tom Ford; seu primeiro desfile é em março.
Julian Klausner é anunciado novo diretor criativo da Dries Van Noten; seu primeiro desfile é em março.
Por uma moda mais irreverente
A nova campanha da Bottega Veneta traz um inesperado toque de humor e escapismo — mais do que bem-vindo.
A coleção é acompanhada da The Ark, uma série de poltronas de edição limitada em formato de animais. Nos vídeos da campanha, essas peças ganham vida, transformando-se em personagens brincalhões e cheios de graça.
Dirigida por Lars Timmermann e fotografada por Sander Houthuys, a campanha é uma celebração vibrante e espirituosa da Bottega Veneta — um respiro leve e criativo, exatamente o que a moda (e o mundo) precisam agora.


Essa foi a última coleção do diretor criativo Matthieu Blazy, que buscou despertar a sensação de encantamento da infância. Ao mesclar elementos lúdicos com o design sofisticado da marca, ele abre uma janela para um mundo mais suave, divertido, criativo, lembrando que a moda pode (e deve) ser irreverente e surpreendente.
Essas poltronas já tinham aparecido no desfile da marca no lugar das tradicionais fileiras de bancos onde normalmente sentamos em um desfile de moda. 460 pufes em forma de animais estavam lá para os convidados se sentarem.
Raye of light
Cantora britânica que lembra Amy continua a se destacar
Raye é uma das vozes mais poderosas da nova geração da música. Seu álbum de estréia, My 21st Century Blues, rendeu seis estatuetas no Brit Awards do ano passado, quebrando o recorde de maior número de prêmios conquistados em uma única edição, incluindo Álbum do Ano e Artista do Ano.
Neste último Grammy, ela não levou nada, mas fez uma das apresentações mais apaixonantes. Raye realmente consegue expressar uma entrega emocional e paixão pela música quando canta ao vivo.
Agora, bastaram dois minutos para eu começar a compará-la com Amy Winehouse. Alguns timbres de sua voz, o jeito de cantar e até semelhanças físicas, como o cabelo, a maquiagem e o jeito de se vestir. Ela nega que Amy seja uma influência, mas é impossível que não seja.
O que pouca gente sabe é que ela escreve músicas para outros artistas desde muito jovem. Escreveu After the Afterparty para Charli e Bigger para Beyoncé, entre outras.
Reconhecida por sua versatilidade e profundidade musical, além de uma presença de palco magnética, Raye trilha seu caminho para se tornar uma nova popstar.
Novo doc: A queda de P.Diddy
Acabei de ver o novo doc The Fall of Diddy (Max), que investiga a ascensão e a queda de Sean Combs (aka Puff Daddy e P.Diddy), explorando as acusações federais de “tráfico sexual, extorsão e transporte para fins de prostituição”, que levaram à sua prisão em 2024.
A série de cinco episódios inclui entrevistas com mais de 30 pessoas, incluindo antigos colegas, funcionários, jornalistas e vítimas, que dividem suas experiências sobre o comportamento demoníaco e predador de Combs ao longo das décadas.
Em novembro de 2023, sua ex-namorada, Cassie Ventura, entrou com uma ação judicial acusando-o de violação, tráfico sexual e abuso físico. Desde então, mais de 100 pessoas apresentaram queixas contra Combs, que acabou sendo preso em setembro do ano passado e aguarda julgamento, com início previsto para 5 de maio de 2025.
“A disposição para aceitar a responsabilidade pela própria vida é a fonte de onde brota o autorrespeito. Libertar-nos das expectativas dos outros, devolver-nos a nós mesmos — aí reside o grande e singular poder do autorrespeito”.
Joan Didion
E pra encerrar 👋 💋
Oscar Winning Tears, Raye ✨
Nossa, sim! Eu também sempre achei as criações da Maria Grazia Chiuri muito sem graça! Não entendia como as pessoas achavam tudo isso...
Muito incrível o trabalho que o Jonathan fez na Loewe, admirável! E sobre a Raye, eu amo a música Escapism, já ouviu? A versão sped up (acelerada) é perfeita.
Oie, sabe quem vestiu a filha do Trump? Essa sim, uma cópia perfeita da mulher do comandante de Handmaid’s