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Bom dia! ☀️
Na news de hoje:
❤️🔥 Comme des Garçons no Brasil
💅🏽 O skin care das unhas
🏆 Um prêmio pra uma jovem artista brasileira
📽️ Novo video da Burberry
👩❤️👩 John Kennedy + Caroline Bessette
💥 Meu Pedro Vinicio da semana
🎵 1 música pra encerrar: Sunshine
Comme into my life
A icônica marca japonesa Comme des Garçons acaba de abrir sua primeira loja no Brasil, no shopping Iguatemi (SP). A primeira vez que ouvi falar da Comme foi no fim dos anos 1990, quando eu trabalhava com a Erika Palomino. Ela cobria a semana de moda de Paris e eu, como assistente, era quem pedia os convites dos desfiles — por fax 👍. A CdG era um dos pedidos mais difíceis. A marca não tinha operação no Brasil, era cult, seletiva e avessa a eventos grandiosos. Seus desfiles eram reservados aos poucos que compreendiam sua estética vanguardista, sempre na contramão do que se via nas passarelas parisienses.
Fundada por Rei Kawakubo em 1969, em Tóquio, a Comme des Garçons segue como a marca mais inovadora e comercialmente bem-sucedida da moda contemporânea. Praticamente todos os estilistas dos tempos atuais admitem terem sido influenciados por ela.
Desde o início, o propósito de Kawakubo foi criar livremente, subvertendo ideias convencionais de roupa, gênero e beleza. Suas peças muitas vezes se assemelham a esculturas vestíveis ou instalações têxteis — provocando mais reflexão do que desejo imediato — definitivamente não é a marca preferida de quem quer exibir um corpo esculpido.
Com apoio estratégico de seu marido, Adrian Joffe, Kawakubo manteve total liberdade criativa enquanto ele encontrava caminhos para traduzir esse espírito rebelde em expansão global. Foi assim que surgiram a linha Play (com o icônico coração com olhos), as fragrâncias e a Dover Street Market — multimarcas que virou um laboratório criativo com curadoria ousada e espaços ocupados por grandes nomes da moda, dos talentos emergentes às marcas consagradas. Presentes em cidades como Londres, Nova York, Ginza e Pequim, as lojas da DSM redefiniram o varejo de moda de luxo por sua habilidade de provocar, surpreender e encantar.






Joffe tem uma trajetória improvável: estudou budismo e cultura japonesa em Londres, mudou-se para Osaka nos anos 1970 e quase virou monge, enquanto lavava pratos em um bar. De volta à Europa, começou ajudando sua irmã com moda (mais tarde ela fundaria a Rose Bakery) até ser contratado pela Comme, em 1987. Foi ali que conheceu Kawakubo, cuja aura ele descreve como "tão intensa que muda o ar ao entrar em uma sala". ❤️
Com seu jeito calmo, Joffe passou a discutir a relação entre integridade artística e lucro, normalmente considerada uma grande tensão nas empresas de moda. Enquanto Rei liderava uma revolução estética e cultural, Joffe reinventava o modelo de negócios da Comme des Garçons, transformando-a em um império. Ele logo entendeu que a integridade artística prioriza autenticidade, originalidade e visão criativa, mas o dinheiro garante a sustentabilidade desse trabalho criativo.
Uma frase que o Pharrell disse quando trabalhou com a CdG resume bem o modus operandi da marca: “Dinheiro não cria ideias; ideias é que geram dinheiro”.
Mas quando garotas como Kylie Jenner e Bella Hadid passaram a usar Comme des Garçons em 2022, a marca ganhou outra camada de visibilidade. Kylie, por exemplo, vestiu um look vintage da coleção de 2007, criando desejo imediato por uma das peças. “Vendemos quatro ou cinco saias com luvas só por causa do look da Kylie", disse Gill Linton, fundadora do e-commerce Byronesque, à Vogue UK. “São os influenciadores mainstream que impulsionam a demanda”. Gill também observa que vivemos um “cruzamento cultural emergente” entre o ultra popular e o vanguardista (vide Kylie usando CdG e Kim Kardashian usando Rick Owens).
Na era das redes sociais, saturada de tendências rápidas e visuais previsíveis, usar Comme des Garçons acaba sendo uma uma busca por autenticidade e que sugere um repertório cultural mais sofisticado, uma forma de se posicionar além do universo da beleza convencional e de se associar a algo mais artístico e intelectual.
Mas a viralização da CdG é mais sobre ser diferente como moeda de relevância do que uma conexão real com a marca. No final do dia, Comme des Garçons não é sobre beleza ou status: é sobre pertencer a uma linguagem não dita, mas que você simplesmente entende. Ou não.

Rapidinhas
O “skin care” das unhas segue crescendo com cada vez mais produtos para o tratamento das unhas, como hidratante, máscara noturna, anti envelhecimento e amarelamento e esmalte com fator de proteção solar. Muitas dessas novidades foram apresentadas na FCE Cosmetique, principal feira da indústria cosmética da América Latina. Nas farmácias e em lojas já encontramos alguns tipos de hidratantes para as unhas. Eu tenho o hidratante da Cathy Beauty.
A artista brasileira Tadáskia ganhou o K21 Global Art Award, um dos maiores prêmios de arte da Alemanha. A artista irá receber 100 mil euros em outubro, durante uma cerimônia que incluirá uma conversa aberta ao público e uma exposição. Eu entrevistei Tadáskia no início de sua carreira, quando ela foi descoberta pela Sé Galeria. É uma artista com um trabalho visual lindo, sempre muito fresco e cheio de energia.
Está rolando uma tendência de animação entre as marcas de moda, com a Hermès no topo dessa onda. A Burberry soltou um video agora bem legal - e diferente do que tem sido feito - do artista Huw Messie, expert no campo dos têxteis e da mídia digital. Ele mistura criatividade e técnica, trabalho manual e efeitos visuais e tecidos desenvolvidos ou manipulados a partir de algoritmos.
Em breve vem aí a série American Love Story, sobre John F. Kennedy Jr. e Carolyn Bessette, power couple dos anos 1990, que morreu em um acidente aéreo em 1999, com 38 e 33 anos respectivamente. O projeto, produzido por Ryan Murphy, tem os novatos Sarah Pidgeon e Paul Kelly (mais de mil atores fizeram teste para o papel de John) nos papeis principais, e Naomi Watts como Jackie Kennedy. Ainda sem data de lançamento.
💥 Meu Pedro Vinicio da semana 💥
E pra encerrar 👋 💋
Sunshine, Tontom
Não entendo nada de moda, mas acho essas histórias dos bastidores da moda MUITO interessantes. Amei o texto!