Especial: Filmes, séries, docs e trilhas #1
Uma newsletter mensal com dicas pra você não perder tempo zapeando pelos aplicativos
"I'm gonna make him an offer he can't refuse."
- Vito Corleone, O Poderoso Chefão, 1972
Esse é um preview das newsletters com dicas culturais que mandarei uma vez por mês. Filmes, séries, docs, podcasts, livros, músicas, muita coisa boa e nova reunida aqui pra você assistir, ouvir e compartilhar. A partir da próxima edição, ela estará disponível somente para os apoiadores da minha news Hit or Miss.
🍿Filmes
I Wanna Dance With Somebody (HBOMax)
A música que eu mais amo da Whitney Houston nomeia esse filme que mostra os bastidores do que significa ser uma Whitney Houston. Por trás de tanta fama, dinheiro e talento, tem também golpes, traições, inveja e solidão. Diferentemente de outras cinebiografias, a atriz Naomi Ackie dubla a voz de Whitney, o que é compeensível já que o alcance vocal da cantora deu a ela o apelido de “a voz” e ela foi mesmo uma voz única em uma geração. A atriz está bem, reproduzindo perfeitamente todos os gestos e expressões que ela fazia no palco. Tem momentos memoráveis, tem “aquela” música do Guarda-Costas e tem a queda. Eu nunca fui fã da WH, mas ela é uma artista que consegue me emocionar com a voz e a emoção que colocada em cada música. Dei bem umas choradinhas no filme ❤️.
After Sun (Mubi)
Esse filme foi muito falado há uns meses, ganhou vários prêmios e é a obra de estreia da cineasta escocesa Charlotte Wells. A dupla de protagonistas Sophie (Frankie Corio) e seu pai Paul Mescal) é muito linda. No filme a gente vê cenas intercaladas de passado e presente, do ponto de vista de Sophie, sobre a alegria compartilhada com seu pai em um feriado que passaram juntos 20 anos antes. Alegria, amor, cumplicidade e melancolia são alguns dos sentimentos que pontuam o filme, com cenas, às vezes, de apertar o coração, quando nós, adultos, podemos nos ver no lugar do pai. Lindo e delicado.
Ya No Estoy Aqui (Netflix)
Eu gostei muito desse filme mexicano sobre Ulisses, um menino que precisa fugir por conta de um mal entendido com uma gangue. É um filme sobre resistência cultural e é incrível quando o filme chega bem perto dos costumes e estilos de Ulisses e sua turma. Seu grupo se autodenomina Los Terkos e eles se vestem e cortam o cabelo dentro de um mesmo conceito visual. As cenas de dança também são incríveis, sob as batidas da cumbia (um ritmo e uma dança nascidos na Colômbia).
Boa Sorte Leo Grande (Prime Video para alugar)
Ótimo filme, com ótimos diálogos e atores (e legal ver Emma Thompson em um papel mais vulnerável). A história sem spoiler é basicamente essa: uma viúva aposentada, contrata um jovem garoto de programa, Leo Grande, e com ele entra numa jornada de prazer e auto-descoberta após uma vida casada sem muitas emoções.
🍿Séries
A Maravilhosa Sra. Meisel (Prime Video)
Eu nunca teria visto essa série pelo nome. Acho que num dia de tédio resolvi dar uma chance e amei. Os atores são muito bons, até os que são um pouco caricatos, estão bem, é como se essa vibe fizesse parte da construção da história. Figurino e direção de ate incríveis, que fazem a gente querer entrar na tela e viver os anos 50. E claro, tem a maravilhosa Midge Meisel, rápida, engraçada, inteligente e irônica (e linda) e suas peripécias nos clubes underground de stand-up da época. Está na quinta última temorada.
Conexões (Liaison, na Apple TV)
Série com Eva Green e Vincent Cassel com uma trama pra quem gosta de suspense e assuntos como conspiração terrorista, hacking e espionagem. Como pano de fundo pra muita ação, tem a relação entre Alison e Gabriel, cujo encontro se desenrola ao longo do filme numa dinâmica maluca (chorei na cena final). A música tema, Teardrop, é do Massive Attack, já merece um voto de confiança, não?
Daisy Jones & The Six (Prime Video)
Bom, essa série está mais para uma novelinha do que para uma série boa mesmo. Ela fala sobre a ascensão e queda de uma banda dos anos 1970 e mistura música, nostalgia, drogas e romance. Quem viu Almost Famous? É meio essa onda. É um pouco cliché, mas coloquei aqui como uma opção mais leve, romantiquinha, com uma música que gruda e uma história de amor que a gente torce. E tem a Daisy, muito bem interpretada pela Riley Keough, neta do Elvis. Ah, e muito importante, tem o Billy (Sam Claflin) ❤️🔥.
The Good Mothers (Star +)
Mini-série italiana de seis episódios baseados em fatos reais que mostram como três mulheres corajosas dentro da máfia calabresa Ndrangheta trabalharam com uma promotora recém-formada para derrubar o império do crime. Estreou em fevereiro deste ano no Festival Internacional de Berlim e venceu o Berlinale Series Award.
Bonus: Normal People (Star+)
Série linda, linda, linda. Sobre conexões profundas.
🍿Documentários
Bikram (Netflix)
Quem é da yoga é bem familiar com esse nome. O doc mostra a ascensão e queda do criador da hot yoga, Bikram Choudhury. Desde o início de seu império global até o surgimento de revelações perturbadoras.
The Velvet Underground (Apple TV)
Documentário dirigido e produzido por Todd Haynes (Velvet Goldmine, Não Estou Lá e Carol) que narra a vida e os tempos da lendária banda Velvet Underground. Estreou em 2021 no Festival de Cinema de Cannes e arrebata a gente com cenas inéditas, entrevistas exclusivas e imagens de arquivo incríveis!
PCC Poder Secreto (HBOMax)
A história da facção, seus protagonistas e como eles revolucionaram o crime muito além das fronteiras de São Paulo. Acho importante a gente conhecer essa história e ver o contexto em que o grupo foi criado, a violência no entorno, o caos do sistema prisional e o resultado de tudo isso pra sociedade. Tem entrevistas com ex-líderes e integrantes, com ex-chefes de segurança do Estado de São Paulo e pessoas que estavam presentes no histórico Massacre do Carandiru. Obviamente tem cenas violentas e eu não mostraria pra menor de 16 anos.
Seaspiracy (Netflix)
Esse doc é de 2021 e lembro que abriu muito a minha cabeça quando eu vi. Sempre indico porque a maioria das pessoas ainda não assistiu. Basicamente, um cineasta que era apaixonado pelos oceanos ia fazer um documentário sobre isso e acabou entrando numa história absurda que acontece nos bastidores da indústria do peixe, descobrindo uma rede de corrupção global. É daqueles que faz a gente fazer novas escolhas na vida.
5 Trilhas inesquecíveis
"Nobody puts Baby in a corner."
🌻
Pulp Fiction (1994)
Por que é boa? Trilha dinâmica e original, com as músicas perfeitas para o desenrolar de cada cena. A forma como Tarantino usou as músicas foi muito criativa e refletia as histórias que ele estava contando perfeitamente.
Música principal: tem muitas, mas a que mais marcou foi Misirlou, de Dick Dale.
Philadelphia (1993)
Por que é boa? A música tema, cantada por Bruce Springsteen, consegue passar o sentimento de dor e solidão das pessoas que contraíram AIDS quando a doença foi descoberta, os anos 1980. Foi um hit em muitos países, ganhou o Oscar de melhor canção original e vários Grammys.
Música principal: Streets of Philadelphia, de Bruce Springsteen
Dirty Dancing (1987)
Por que é boa? Tem faixas muito boas, como Stay e Be My Baby, todas que traduzem o clima leve e romântico do filme. A trilha é uma miscelânea de músicas antigas do início dos anos 60, instrumentais latinos e material então novo de artistas veteranos, como Bill Medley. (I’ve Had) the Time of My Life foi oferecida para Donna Summer e Lionel Richie, que recusaram porque o filme era super low budget.
Música principal: (I've Had) The Time of My Life, cantada por Bill Medley e Jennifer Warnes
Lost in Translation (2004)
Por que é boa? Sofia Coppola tem uma relação bem íntima com a música (ela é casada com Thomas Mars, da banda Phoenix). Uma série de músicas dreamy pop, com bandas icônicas como Jesus and Mary Chain, Air e My Bloody Valentine. É aquela curadoria que não foi criada para ser hit e feita por quem realmente entende e ama música.
Música principal: Tem muitas boas, mas a gente arrepia quando começa Just Like Honey, do Jesus and Mary Chain na cena final
Flashdance (1983)
Por que é boa? Se você viu o filme, você já sabe. Se você ainda não viu, algumas curiosidades. Ela é assinada pelo produtor top Giorgio Moroder e ganhou o Oscar, Globo de Ouro e muitos Grammys. Irene Cara, chamada para cantar a música tema, já havia feito sucesso com a performance da faixa-título do álbum Fame de 1980. Este ano, Flashdance completa 40 anos! 🎂
Música principal: What a Feeling, de Irene Cara
Esse é um preview das newsletters com dicas culturais que mandarei uma vez por mês. Filmes, séries, docs, podcasts, livros, músicas, muita coisa boa e nova reunida aqui pra você assistir, ouvir e compartilhar. A partir da próxima edição, ela estará disponível somente para os apoiadores da minha news Hit or Miss.
Um beijo e até a próxima!
👋😘
Camila
Adorei as dicas! Valeu Cami!