Bom dia!
Na news de hoje:
Educação: O Papel Vital da Comunicação sobre Moda Sustentável
Fim de Uma Era: McQueen sem Sarah Burton
Ono: A Experiência da Peça Única
No Brasil: A Collab Entre Fila e Haider Ackermann
Goodbye, so long, farewell: Adoro um Amor Inventado
Fale, faça, não esconda.
O Papel Vital da Comunicação na Moda Sustentável e Consciente
Reverter a falta de compreensão dos consumidores sobre como a moda afeta o bem-estar ambiental e social é um desafio importante, mas possível. Mais difícil que agir, é manter a continuidade dessa ação para que estes valores sejam incorporados à marca.
Muitas empresas não sabem como agir na hora de falar de sustentabilidade e diversidade por motivos de:
Teto de vidro: se elas não praticam dentro da própria casa, com qual lugar de fala poderão abordar essas questões?
Só que não tem mais como escapar de abordar estes assuntos e de fazer mudanças estruturais. Elas são trabalhosas e podem custar caro, mas é possível começar… do começo. E com planejamento. Não pode fazer greenwashing, gente. Quando você fala, mas não faz, é greenwashing. Quando o que você diz e mostra em camapnhas e posts não reflete a cultura da sua empresa, é greenwashing.
Mas tão ruim quanto é também a falta de conhecimento por parte do consumidor, que não consegue diferenciar o que é verdade, o que é papo e o que de fato é sustentabilidade.
Ser responsável é importante. Você pode usar seus canais para compartilhar informações úteis para seus seguidores e clientes. Aqui estão algumas estratégias que podem ajudar a educar os consumidores e incentivá-los a tomar decisões mais conscientes:
Campanhas de Conscientização: As marcas podem liderar campanhas de conscientização sobre os impactos ambientais e sociais da indústria da moda. Isso inclui divulgar informações sobre condições de trabalho, pegada de carbono, uso de água, cadeia de produção, etc. As campanhas podem ser veiculadas em mídias sociais, sites e lojas físicas.
Transparência: As marcas podem ser transparentes sobre sua cadeia de suprimentos, desde a produção, fornecimento de matérias-primas até a fabricação. A divulgação de informações sobre fornecedores, práticas éticas e sustentáveis e certificações ambientais pode construir a confiança dos consumidores. O que você tem de bacana para contar, conte.
Educação do Consumidor: As marcas podem fornecer informações educacionais aos consumidores, indicando sites, filmes, artigos, fazendo vídeos explicativos e falando em eventos. Um porta-voz pode explicar como fazer escolhas melhores, como reconhecer roupas éticas e como prolongar a vida útil das peças.
Selos de Sustentabilidade: A introdução de selos que indiquem práticas éticas pode ajudar o consumidor a fazer decisões melhores ao comprar roupas.
Colaborações com Influenciadores: Fazer parcerias, divulgar e apoiar o trabalho de influenciadores e profissionais que são atuantes da moda ética e criam conteúdo baseado em pesquisa, estudo e dedicação.
Programas de Reciclagem e Upcycling: Oferecer programas de reciclagem de roupas ou incentivar os consumidores a trocar com amigos ou customizar suas peças existentes para prolongar seu uso.
Preços Justos: Explicar como preços excessivamente baixos podem indicar exploração de mão de obra barata e práticas ambientais prejudiciais. Mostrar o valor de investir em peças de qualidade que duram mais.
Aplicativos e Ferramentas Digitais: Desenvolver aplicativos que permitam aos consumidores avaliar o impacto ambiental e social de suas compras pode ser uma maneira eficaz de educar e incentivar escolhas conscientes.
Parcerias com ONGs: Trabalhar em parceria com ongs ajudar a promover a conscientização, educação e jogar luz em projetos sérios e relevantes.
Legislação e Regulamentações: As marcas podem apoiar e promover regulamentações e políticas que visem melhorar as condições na indústria da moda, como leis de trabalho justo e regulamentações ambientais.
➡️ Aqui uma newsletter com repertório mto bom sobre sustentabilidade na moda.
3 x moda
Sarah Burton deixa Alexander McQueen
A estilista que assumiu a Alexander McQueen após a morte do estilista, em 2010, deixa a marca após 26 anos trabalhando lá. Sarah, que entrou como estagiária de McQueen aos 24 anos, foi muito importante para a marca em termos de negócios porque, quando McQueen morreu por suicídio, aos 40 anos, muitos pensaram que a marca não conseguiria superar a tragédia.
Mas um ano mais tarde, ela criou o vestido de noiva de Kate Middleton e tornou-se a estilista preferida da princesa para eventos importantes, como o casamento do príncipe Harry com Meghan Markle e o funeral da rainha Elizabeth II. Assim, ela colocou a marca em um tremendo spotlight, atraindo novas fãs e consumidoras. Um sucessor ainda não foi nomeado.
ONO e a mágica da peça única
Meus amigos @renatacorrea e @marcelosommer lançaram uma marca juntos, a Ono, usando o upcycling como principal método de produção. Então tem muitas peças garimpadas em brechós e roupas dos acervos próprios, como itens de marcas tipo Margiela e Comme des Garçons.
Cada peça é uma história, um exercício de modelagem, um pensamento com começo, meio e fim. Só você vai ter, mais niguém. Na era do fast fashion, da cópia e do consumo desenfreado, peças e marcas construídas desta maneira são tão importantes.
O lançamento foi na loja Pinga (SP) e vendeu quase tudo no primeiro dia, então vamos manter as antenas ligadas para a próxima leva.
Para quem não sabe, Marcelo Sommer é um dos principais estilistas do Brasil, com uma longa história na moda, com uma marca própria e trabalhando em diversas outras grifes. E a Renata é uma das três principais stylists e consultoras criativas com foco em moda do país.
Fila e Haider Ackermann
A Fila trouxe para o Brasil a collab com o estilista Haider Ackermann, nome reconhecido por sua capacidade de unir sofisticação, ousadia e atemporalidade em sua marca homônima. A coleção tem peças e acessórios femininos e masculinos e está à venda na multimarcas Cartel 011 (SP).
Eu entrevistei o Haider e a entrevista completa está aqui
É libertador para um designer trabalhar em outros projetos? Você se sente limitado pelos valores e estética de sua própria marca?
A coisa boa das collabs é que você explora ideias que estão fora da sua zona de conforto, o que cria uma certa magia. Então, mesmo que eu me sinta restrito pela estética da minha marca, quando faço uma colaboração, posso pensar de maneira diferente do que faria se estivesse fazendo algo para minha própria grife.
“Hoje, recorremos a uma pessoa apenas para fornecer o que uma aldeia inteira já fez: uma sensação de base sólida, significado e continuidade. Ao mesmo tempo, esperamos que nossos relacionamentos sejam românticos e emocional e sexualmente gratificantes. É uma surpresa que tantos relacionamentos desmoronem sob o peso de tudo isso?”
Esther Perel, super terapeuta
E pra encerrar 👋 💋
Exagerado, Cazuza
Aqui a playlist com todas as músicas que aparecem nesta news.