Inteligência Artificial: O bom, o ruim e o feio
Uma corrida por liderança que ignora a sociedade?
Bom dia!
Na news de hoje:
Inteligência Artificial: conhecimento e regulamentação são fundamentais quando nos sentimos ameaçados
Giro cultural: 3 exposições que valem a visita
Do meu banheiro para o seu: sempre um produto que funciona!
Passatempo na web: Brincando com roupas digitais no app da DressX
Goodbye, so long, farewell: um cover do Bob Dylan pra embalar seu feriado ❤️
Inteligência Artificial: O bom, o ruim e o feio
Na semana passada, uma carta assinada por mais de 1.000 líderes e pesquisadores de tecnologia, pegou todos de surpresa ao pedir uma pausa no desenvolvimento dos sistemas mais avançados de Inteligência Artificial, alertando que essas ferramentas apresentam “profundos riscos para a sociedade e a humanidade”.
Entre os signatários estão Steve Wozniak, cofundador da Apple, o autor Yuval Noah Harari e representantes das principais universidades do mundo. Até o Elon Musk assinou - não acreditei muito nele, mas enfim… 🤷🏻♀️
Quando lemos "profundos riscos para a sociedade e a humanidade”, a primeira sensação que vem é um mal estar, uma visão de um futuro que até então a gente só tinha visto em filme. A possibilidade de uma batalha humanos x robôs sendo tratada como algo possível é realmente de arrepiar. Nós aqui acompanhamos os desenvolvimentos da tecnologia e da realidade artificial e já achamos que está indo rápido demais - fico pensando em quem não acompanha e não faz ideia do mundo que está sendo construído sem a participação da sociedade. Um trecho da carta diz:
"Deveríamos desenvolver mentes não-humanas que eventualmente nos superassem em número, fossem mais espertas, obsoletas e nos substituíssem? Devemos arriscar perder o controle de nossa civilização? Tais decisões não devem ser delegadas a líderes tecnológicos não eleitos".
Líderes tecnológicos não eleitos.
Como muita coisa nas mãos dos homens (porque a maioria aí é homem mesmo), a I.A. virou uma corrida desenfreada por poder, mas que, pelo tom da carta, parece estar saindo fora de controle. O esforço para desenvolver chatbots mais poderosos determina quem são os novos líderes da indústria de tecnologia no mundo. É isso que está em jogo: poder, influência e rios de dinheiro.
Mas como se trata da nossa vida, precisamos estar a par do que está acontecendo para poder pedir mudanças, exigir regulamentação, proteger nossos trabalhos e ofícios, saber diferenciar algo feito pelos humanos de algo feito por I.A. e, principalmente, informar e educar as novas gerações sobre essa enorme revolução tecnológica.
Antes de imaginar a gente brigando com robô, temos que ter soluções para questões perigosas que já acontecem por conta de ferramentas como o ChatGPT, que é sua enorme capacidade de espalhar desinformação e gerar fake news.
Como quase tudo, o ChatGPT pode ser incrível para ajudar escritores e jornalistas em um momento de bloqueio, despertando sua criatividade. Mas ela também é uma ferramenta poderosa para influenciar a sociedade com notícias falsas. A gente já viu o impacto que as fake news tem na democracia.
O que precisa ser feito, de acordo com os especialistas:
Acelerar o desenvolvimento de sistemas robustos de governança de IA;
Sistemas de proveniência e marca d'água para ajudar a distinguir o real do sintético e rastrear vazamentos de modelos;
Um ecossistema robusto de auditoria e certificação;
Responsabilidade por danos causados pela IA;
Instituições com bons recursos para lidar com as dramáticas perturbações econômicas e políticas (especialmente para a democracia) que a IA causará.
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Transparência com a sociedade e educação da sociedade em relação a esse assunto é fundamental já que a introdução da inteligência artificial nas nossas vidas compreende uma grande mudança e precisamos de compreensão e tempo de adaptação. A Itália recentemente baniu o uso do chatGPT no país e a União Europeia criou o European AI Act, com regras que restringirão fortemente o uso de I.A. em infraestrutura, educação, aplicação da lei e no sistema judicial.
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O lado bom - alguns casos de como a I.A. pode facilitar nossa vida:
Aplicações médicas: pode ajudar médicos e pesquisadores a analisar dados de pacientes, identificar riscos potenciais à saúde e desenvolver planos de tratamento personalizados.
Disponibilidade 24x7: robôs não precisam descansar! Eles podem executar tarefas repetitivas sem interrupção.
Redução do erro humano: ela pode reduzir significativamente os erros e aumentar a exatidão e a precisão.
Tomada rápida de decisão: Ao automatizar determinadas tarefas e fornecer informações em tempo real, a IA pode ajudar as organizações a tomar decisões mais rápidas. Ela também pode ajudar empresas a entender melhor o comportamento do cliente e tendências do mercado, ajudando na tomada de decisão e nos resultados dos negócios.
Risco Zero: os robôs podem ocupar o lugar de humanos onde há alto risco, como por exemplo, viagens ao espaço, desarmamento de bomba e exploração em partes mais profundas dos oceanos. Em desastres naturais ou não, quando o ambiente fica muito hostil para nós humanos, a I.A. pode começar a agir e coletar informações com agilidade.
Conclusão
Esse é um tema super complexo e em desdobramento. A I.A. já faz parte das nossas vidas de formas que já foram normalizadas pelas pessoas que têm acesso a esses serviços, como Siri, Alexa ou simplesmente as músicas e filmes que apps como Spotify ou Netflix nos oferecem baseados no que já assistimos.
Há muitos contras, mas há também muitos prós. A ideia de um mundo novo se abrindo com inúmeras possibilidades é incrível! Por mais brilhante que possa ser, o computador nunca será humano e esse mundo foi construído por humanos, junto com a natureza. Muitos trabalhos serão substituídos, muitos não. Nada do mundo sutil será substituído por uma máquina. Mas é importante ler, se manter informado, saber quem está por trás dessa mudança, exigir políticas e, o mais importante, seguir com a vida sem medo.
Giro cultural: 3 exposições que valem a visita
recipe for disaster, primeira individual do artista baiano Antonio Taris, na Fortes D’Aloia & Gabriel. Achei demais o trabalho dele (acima). Corre que vai até dia 15.04. Aqui mais infos.
A Casa da Galerista, de Brisa Noronha e Maria Montero, na Sé Galeria. Nessa charmosa casa de Flavio de Carvalho em ma pequena vila de São Paulo, as duas artistas apresentam seus trabalhos em espaços diferentes. Ambos são lindos, delicados e impactantes. Tipo queria todos. Aqui mais infos.
Mundo do Meio, de Caio Reisewitz, na galeria Luciana Brito. Meu ex-vizinho Caio traz para o campo do visível um mundo que, de hábito, permanece envolto em mistério: o Mundo do Meio, onde tudo acontece nos intervalos, uma zona de encontro e de dissolução de oposições. Aqui mais infos.
Do meu banheiro pro seu: um produto testado e aprovado
Sal esfoliante de rosas da marca Maly Caran é um pozinho maravilhoso que esfolia a pele quando entra em contato com a água. E deixa um aroma maravilhoso. A marca existe há 20 anos é um dos hot spots de quem vai pra São Francisco Xavier ou pra outro lugar na Serra da Mantiqueira. A Maly já não está mais aqui, mas a empresa é tocada pelos filhos com a mesma dedicação ❤️
Passatempo: Brincando com roupas digitais no app da DressX
DressX é tipo um marketplace de roupas digitais. Tem um site e também em formato app, onde você pode experientar peças incríveis e que não existem no mundo físico e nem seria possíveis - muito provavelmente não caberiam no nosso guarda-roupa!
Lá tem desde marcas nativas digitais, como a Clara Daguin até de grifes conhecidas, como Adidas e Tommy Hilfiger. E tudo está à venda. E como a gente usa? Você pode usar nas suas fotos de perfil ou avatar, postar ou navegar com elas pela web3. Baixa o app e divirta-se escolhendo suas peças favoritas e se fotografando com elas.