MetaTABIS
MetaTABIS
O sapato mais icônico e cultuado da moda agora em realidade virtual
Bom dia!
Na news de hoje:
MetaTabis
Censura na literatura brasileira
Nova ceramista no pedaço ❤️
Uma Frase pra Refletir 🤯🤔
Last Song: How deep does it go?
MetaTABIS
O sapato mais icônico e cultuado da moda agora em realidade virtual
Um dos calçados mais cultuados da moda, a Tabi Boots, da Maison Margiela, será lançada em versão virtual, em uma parceria com o The Fabricant, um dos mais legais criadores de roupas virtuais do mundo que, inclusive, tem uma brasileira como fundadora). É a MetaTABI.
Para quem não conhece, Tabi é um modelo tradicional japonês que separa o dedão dos demais dedos do pé. Esse design dividido foi pensado para promover o equilíbrio por meio da separação do dedão, uma ideia holística de reflexologia que promove uma mente clara. Como o Japão é incrível.
No início, esse modelo existia apenas como meias e que eram exclusivas da classe alta devido à escassez de algodão, mas quando o país abriu o comércio com a China, elas passaram a ser produzidas em uma escala maior. Por volta de 1900, as tabis ganharam solas de borracha para atividades ao ar livre - chamadas de jika-tabi - e até hoje são usadas como calçados de trabalho.
Fast forward para 1988, quando o designer belga Martin Margiela, especialista em desconstruir padrões estabelecidos para criar coisas novas, mostrou sua primeira versão da Tabi em um desfile em Paris, após voltar de uma viagem ao Japão.
Nessa época, ele era um jovem estilista que tinha acabado de abrir sua própria marca e buscava parceiros para transformar seu design em realidade. Quase nenhum sapateiro aceitou produzir sua tabi – o modelo parecia muito radical. Até que Margiela foi apresentado a um artesão italiano que brilhou os olhos quando viu o protótipo da bota. Aqueles encontros que mudam tudo.
Ao final de seu desfile de estreia, as modelos entraram na passarela com as botas mergulhadas em tinta vermelha, deixando rastros enquanto andavam. Em uma raríssima entrevista, ele explicou o momento: "Achei que o público deveria notar o calçado novo. E o que seria mais evidente do que a sua pegada no chão?”
Bom, as pessoas na época acharam bem estranho aquilo, mas na temporada seguinte, Margiela precisou repetir as tabis por uma questão de budget. "No início não havia orçamento para um novo formato. Então não tive outra escolha a não ser continuar com esse estilo se quisesse ter sapatos. Mas depois de várias coleções as pessoas começaram a pedir por elas. E nunca mais pararam de pedir, graças a Deus!”.
As Tabis Margiela viraram um calçado icônico dentro da moda e item de colecionador. Eu tenho uma preta, que ganhei da minha amiga Erika Palomino no comecinho dos anos 2000 e amo, amo, amo.
Martin Margiela vendeu sua marca para o grupo da Diesel e saiu de cena (e que falta ele faz). Hoje, quem está no comando é o inglês John Galliano, que tem levado a marca para o futuro.
Essa coleção virtual, chamada MetaTABI é o primeiro passo na jornada web3 da Maison Margiela. Os colecionadores poderão experimentá-la virtualmente por meio de uma ferramenta de AR e integrações de jogos.
A bota MetaTABI superlimitada em branco (15 peças) virá com uma bota física Maison Margiela Tabi exclusiva e personalizada, enquanto a bota MetaTABI em preto (1500 peças) virá com uma carteira de couro Maison Margiela feita sob medida. Só com essa info, já entendemos que vai custar caríssimo.
Com lançamento previsto para este mês, este projeto dá continuidade à jornada da Maison Margiela de explorar tecnologias digitais e novas formas de comunicação, olhando para a moda sem as amarras - tanto estéticas quanto de produção. - da experiência física.
Agora, vindo pra nossa vida real de Brasilsão
Li na newsletter Brasis que o Paraná mandou recolher da rede pública de ensino os exemplares de “O Avesso da Pele”, obra de Jefferson Tenorio vencedora do Prêmio Jabuti em 2021 e considerado um dos grandes textos sobre racismo da literatura brasileira contemporânea.
A justificativa para essa ação fica por conta das cenas de sexo escritas no livro, consideradas impróprias para adolescentes. Deputados atacaram a obra, dizendo que se trata, na verdade, de uma “obra satânica da esquerda”. Na sequência, os governos do Mato Grosso do Sul e de Goiás seguiram o mesmo caminho. Meu deeeeeus.
Os ataques foram rebatidos por escritores, intelectuais e órgãos, como o próprio Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Seu presidente, Ariel de Castro Alves, defendeu que “o livro não contém cenas de sexo explícito ou pornográficas, por meio de fotos e imagens de crianças e adolescentes, e sim apenas descrições literárias de relações sexuais entre adultos, não vejo nenhum crime ou violação ao ECA”.
Caso você não tenha lido ainda, não vou dar spoilers, mas recomendo muito a leitura.
E agora, uma coisa gostosa
Quero apresentar a linha de cerâmica da minha amiga e artista Claudia Furnari. A Clau é minha amiga de escola. Nos conhecemos quando tínhamos uns 13 anos e recentemente nos reencontramos. Além da delícia de voltar a conviver com alguém que era tão próxima, me apaixonei pelo trabalho dela de cerâmica. Gosto especialmente das peças vermelhas e já comecei a colecionar - tenho duas xícaras lindas (por enquanto).
Ela faz bows, xícaras e pratos de porcelana e em diversos tamanhos. Cada peça é única, tem uma inspiração e processo artístico e é feita cuidadosamente no seu atelier, que é lindo ❤️. Gostou? Se quiser apoiar divulgando ou comprando, aqui o insta dela.
We cannot change anything until we accept it. Condemnation does not liberate, it oppresses.
Não podemos mudar nada até que o aceitemos. A condenação não liberta, ela oprime.
Jung
E pra encerrar 👋 💋
How deep does it go?
Do we want to know?
Tripping silly in the daylight
Moss, Sumbuck