Moda e arte
Collabs, desfiles em museu, co-criações, homenagens e outras formas de convivência
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Bom dia!
Na news de hoje:
Moda e arte
Celular roubado
Veja esse filme
Vá nessa exposição
Quote: Uma frase pra refletir 🤯🤔
Goodbye, so long, farewell: Hi, my name is Stereo Mike!
Moda e arte
“All department stores will become museums, and all museums will become department stores”.
Andy Warhol, 1975
Em 2000, o Museu Guggenheim de Nova York inaugurou uma exposição retrospectiva de Giorgio Armani, deixando o mundo da arte em choque. Não era comum a moda ocupar as paredes de museus e galerias e, na época, circularam rumores de que a marca italiana pagou US$ 15 milhões ao Guggenheim, ou seja, comprou sua exposição em um dos museus de maior prestígio no mundo.
Alguns anos mais tarde e o cenário é bem diferente. Collabs entre marcas de moda e artistas ou museus são comuns e vistas com normalidade pelos dois lados (apesar de ainda existir quem seja contra a entrada da moda em espaços culturais).
E indo bem além de uma simles ação de marketing conjunta, algumas das principais marcas de moda do mundo simplesmente têm seus próprios museus, projetados por arquitetos estrelas e erguidos em centros urbanos bem estratégicos.
A Fondation Louis Vuitton, em Paris, tem projeto de Frank Gehry, o mesmo autor do Guggenheim. A Fondazione Prada foi feita pelo escrtório OMA, de Rem Koolhaas. E a impressionante trindade de François Pinault, composta pelo Palazzo Grassi (2006), Punta della Dogana (2009) e a Bourse de Commerce (2021) leva a assinatura do japonês vencedor do prêmio Pritzker, Tadao Ando.
Esses espaços não apenas abrigam as coleções gigantes de seus fundadores, mas também exposições de arte contemporânea com uma curadoria à altura de qualquer instituição de peso.
Com esse boom de espaços culturais patrocinados por conglomerados de moda, sociólogos apontaram que o patrocínio cultural da moda é a nova maneira de gerar níveis mais altos de luxo associado, aproximando a sofisticação e modernidade do mundo da arte das marcas de luxo.
Mas hoje, se uma marca de moda quer estar atualizada, ela precisa incluir a arte na sua vida. A moda muitas vezes é vista como efêmera, enquanto a arte é considerada duradoura, além de adicionar uma dimensão cultural e histórica ao universo da moda. E não precisa ocupar um museu para criar ou fortalecer esses laços; sabemos que há outras maneiras de fazer isso:
Através de collabs com artistas
Através de collabs com museus, como fez a Vans com o museu Van Gogh e faz a Uniqlo com o MoMA
Através de patrocício e apoio a artistas, exposições e galerias
Ocupar fachadas e espaços expositivos com projetos de moda e design
Se a arte couber dentro da sua história enquanto marca, pense de que forma isso se daria. Tem que ser verdadeiro, tem que fazer sentido para a empresa e servir como um momento de inspiração, educação e beleza para o seu público.
Veja algumas collabs em diferentes formatos abaixo:
Nike + Centro Pompidou
A Nike ocupou a fachada do Pompidou em Paris durante os Jogos Olímpicos com um baita videomapping para divulgar a exposição interativa que celebra a cultura do esporte. Clica no post para ver o video.
Vans + Museu Van Gogh
O museu Van Gogh e a Vans criaram uma coleção usando obras de Van Gogh em roupas e calçados. Essa collab fez com que o trabalho do artista saísse das paredes dos museus e das páginas dos livros direto para as ruas, trazendo um novo formato e apresentando o artista a um novo público.
Collabs da Louis Vuitton
Com Marc Jacobs como diretor criativo, a Louis Vuitton foi a rainha das super collabs no início dos anos 2000. A marca colaborou com Richard Prince, Takashi Murakami, Stephen Sprouse, só para citar alguns, criando linhas de produtos altamente desejáveis e que até hoje são usadas e celebradas.
Alexander McQueen + Damien Hirst
Alexander McQueen e o artista Damien Hirst colaboraram em uma coleção de 30 lenços de edição limitada. Hirst criou uma edição de 30 designs adaptados de sua série Entomology. Nessa coleção, as borboletas e insetos que povoam sua estética são dispostos para criar ou interagir com as caveira de McQueen. “Eu amo McQueen e acho que essa colaboração é um casamento ‘made in heaven’”, disse Hirst à época.
Stella McCartney + Ed Ruscha
Em 2016, o artista americano Ed Ruscha emprestou seu estilo tipográfico à campanha de inverno de Stella, chamada de #Stellacares. As imagens da campanha, fotografadas por Harley Weir, foram sobrepostas com frases como "Meat-free" e "Veg out" na tipografia característica de Ruscha, o 'Boy Scout Utility Modern,' uma fonte sans serif que ele criou na década de 1980 e que se tornou um componente central de seu trabalho.
Tory Burch + Brooklyn Museum
Em uma ensolarada manhã de domingo, a estilista, que é colecionadora, apresentou sua coleção no Museu do Brooklyn.
Raf Simons + Robert Mapplethorpe
Exibida no Pitti Uomo em 2017, a coleção de Raf Simons foi inspirada na fotografia de Robert Mapplethorpe. Algumas das obras viraram estampas para camisas, camisetas e jaquetas. Foi a própria Fundação Robert Mapplethorpe que procurou Simons, permitindo-lhe acessar o arquivo do fotógrafo para criar essa coleção.
Meu celular foi roubado e fiquei exatamente 1 dia e meio sem um aparelho. E nesse meio tempo, eu…
Fiz um B.O.
Sobrevivi sem whatsapp
Dirigi (e cheguei) sem olhar no Waze
Senti falta das playlists no carro e na rua
Gastei menos
Stalkeei meu celular e apertei mil vezes a opção “ring”
Não senti falta do Instagram, mas baixei o app no cel do meu filho pra poder falar com as pessoas
Ganhei mais tempo
Para tudo, assina o Mube e veja esse filme.
Gasoline Rainbow.
Filme dirigido pelos irmãos Ross - Bill e Turner - mostra de forma revigorante uma road trip feita por cinco adolescentes que buscam viver um último momento de liberdade modo full antes de entrarem na vida adulta.
Parece um documentário na forma como é filmado e, em parte, é. A técnica dos irmãos envolve escalar atores não-profissionais, colocá-los em cena, mas sem roteiro, e filmar de forma improvisada. É um cinema híbrido que desfoca a linha entre ficção e não-ficção.
É criativo, empolgante e tem algumas pérolas escondidas nas falas dos personagens que, meio sem querer ou se dar conta, expõem seus traumas e inseguranças. É uma história sobre amadurecimento e sobre o prazer de se perder na vida que a gente só tem quando é jovem.
Uma exposição que eu vou: Gabriel Massan na Pinacoteca
Gabriel Massan é um artista da novíssima geração que tem ascendido feito um foguete nos últimos dois anos.
O carioca de 28 anos é um artista digital multidisciplinar que cria ecossistemas virtuais e esculturas digitais que simulam histórias da experiência afro-indígena brasileira.
Seu trabalho investiga o chamado “Terceiro Mundo”, nome de sua exposição na Pina Contemporânea. O espaço expositivo vira um universo imersivo com esculturas, desníveis e texturas que remetem a uma experiência de dentro das telas. Na mostra, visitantes podem escolher entre quatros estações de jogos para começarem a jornada pelo jogo Terceiro Mundo - ou podem simplesmente assistir a experiência dos jogadores em tempo real.
Esse projeto do Gabriel é desenvolvido em colaboração com a Serpentine Galleries e é uma “exposição imersiva concebida a partir de uma perspectiva decolonial, de teorias queer e de estratégias descentralizadas em tecnologia”, diz o release da Pina.
Eu conheci o Gabriel antes da pandemia, como artista colaborador do estilista Lucas Leão no SPFW. De lá pra cá, ele já trabalhou com Madonna e para marcas como Bulgari. 🚀🚀🚀
Até 2 de fevereiro de 2025
Local: Pina Contemporânea (Galeria Praça)
Quem nunca desejou fugir do confinamento da própria vida? E não porque não gostemos dessa vida, mas porque uma existência única, por maior e melhor que seja, sempre será uma espécie de prisão, uma mutilação das outras realidades possíveis, dos outros indivíduos que poderíamos ser. Quem nunca desejou ser outro?
Rosa Montero em seu novo livro O Perigo de Estar Lúcida
E pra encerrar 👋 💋
Hi, my name is Stereo Mike!
Muito bom como sempre!