O que torna alguém um ícone?
Parece que agora todo mundo é icônico, não? Vamos entender melhor o que constrói um ícone.
Bom dia!
Na news de hoje:
Salve os verdadeiros ícones: O que torna alguém icônico x o desgate da palavra ícone
Giro cultural: 3 filmes pro fim de semana
Do meu banheiro pro seu: Um produto testado e aprovado
Pensando alto: Uma reflexão sobre o futuro
Podemos parar de chamar todo mundo de ícone?
Pessoas, marcas, filmes, músicas, obras e estilos, podem ser icônicos, mas vamos concordar que essa palavra perdeu sua potência devido ao uso excessivo.
“Poucas coisas realmente se qualificam como ‘icônicas’ e aquelas que geralmente são, não precisam do rótulo”, li no NYT. Verdade. Acontece que o termo parece ter se tornado o adjetivo preferido da geração social media e não deixa de ser um reflexo da nossa sociedade atual, preguiçosa.
Numa pesquisa rápida no Google, aparecem mais de 23 milhões de resultados para o termo "ícone de moda”. Escrevo “fashion icon” e aí são mais de um bilhão de resultados. Chegamos ao ponto de saturação, então vamos entender melhor o que constrói um ícone.
Em primeiro lugar, a palavra 'icônico' enfatiza o impacto visual e a importância cultural de uma coisa, marca ou pessoa. É uma identidade que se destaca da multidão, um símbolo autêntico de uma cultura ou de um tempo.
Em segundo lugar, uma pessoa não é um ícone por apenas 6 meses. É um poder de carisma e de liderança cultural tão marcante que seus efeitos são duradouros por gerações. Normalmente, quando um artista ou uma marca recebe esse adjetivo, ele é conservado mesmo quando a pessoa morre ou a marca encerra suas operações. Te dou alguns exemplos de pessoas que são ícones incontestáveis: David Bowie, Marilyn Monroe, Martin Luther King, Andy Warhol, Princesa Diana, John Lennon, Obama, Madonna, Dalai Lama, Caetano Veloso.
Uma reunião de ícones ⬇️: Lou Reed, Mick Jagger e David Bowie ❤️🔥
Ícones não reproduzem a cultura; eles a conduzem. E criam novos caminhos.
Uma vez eu vi uma definição bonita para esse termo. Era algo assim: "ser ícone é ser um propagador de paixão. A paixão gera comprometimento e o comprometimento motiva e inspira as pessoas”. Aqui eu entendo a paixão como viver a sua missão, o seu propósito, agir com a sua verdade.
Na moda
A moda é o meio onde essa palavra é mais exageradamente usada. É muito comum lermos em publicações e redes sociais que praticamente todas as artistas célebres são ícones de estilo, todas as marcas de luxo são icônicas, os desfiles são todos icônicos, qualquer look mais lacre também e pessoas das quais nunca ouvimos falar são de repente “icônicas”. E ainda tem quem use “icônico” para coisas/pessoas inteiramente novas, sendo que nem sabemos ainda se elas resistirão ao teste do tempo.
Na moda, um ícone é uma pessoa influente que introduz novos comportamentos ou estilos que se espalham pela cultura da moda e se tornam parte dela. Eles iniciam um novo estilo ou um movimento que outros podem seguir.
Karl Lagerfeld, Alexander McQueen, Martin Margiela, John Galliano e Coco Chanel são alguns exemplos. Já entre as modelos, podemos mencionar Naomi Campbell, Cindy Crawford, Linda Evangelista, Kate Moss, Gisele. Personalidades como Diana Vreeland, Jackie O, Twiggy, Isabella Blow e Anna Wintour também entram na lista.
Não basta ser bonita, famosa, talentosa, milionária, logomaníaca e recordista de looks que viralizam. Isso hoje em dia tá fácil para quem circula no showbiz. É bem mais do que isso, é sobre causar mudanças duradouras, fazer a diferença de uma maneira mais profunda e impactante e sobre coragem para cumprir seu papel 100% contra todas as probabilidades.
Um adendo sobre marcas icônicas: não são construídas em uma sala de marketing, ok? Elas têm uma conexão profunda com a cultura, com o tempo e seu público e mantém sua posição firme no mercado por muitos anos. Chanel, Hermès, Louis Vuitton são ícones, assim como Apple, Nike, Coca-Cola. Na moda, vale ressaltar que grifes menores também ganham o título por representarem um espelho de seu tempo, como é o caso da Helmut Lang, por exemplo.
Vamos guardar a palavra “icônico” apenas para ocasiões especiais. Senão, quando todos são icônicos, o que vai ser uma pessoa que realmente merece esse título? Um ícone icônico?
Giro cultural: 3 filmes (sem spoiler 😉)
A vida no skate (Stay On Board - The Leo Baker Story) - o doc conta a história do skatista super campeão e sócio da Glue Skateboards, uma empresa de skate queer. Leo largou a Olimpíada de Tóquio para fazer sua transição de gênero. (Netflix)
Disque Jane (Call Jane) - o filme que estreou no festival de Sundance se passa nos anos 1960, em Chicago, e traz o drama de Joy, que passa por uma gravidez de alto risco para sua vida e não encontra ajuda médica. Até que ela conhece as Janes, uma organização clandestina de mulheres que oferecem outras alternativas. As Janes existiram na vida real e uma delas foi consultora do filme. (Prime Video)
Escape from Kabul - o antes, o durante e o depois do Talibã retomar o controle da cidade em 2021 após a saída dos EUA. (HBOMax)
Do meu banheiro pro seu: um produto testado e aprovado
Solução Gaba, da Simple Organic: a Gaba, que é produzida naturalmente pelo nosso organismo, estimula a produção de colágeno e hidrata. Achei que melhorou a textura da minha pele de uma forma geral, uniformizando a cor, atenuando linhas e tirando o aspecto ressecado. Fórmula 100 % natural, vegana e livre de ingredientes sintéticos, como fragrâncias e pigmentos. Uso todo dia de manhã após a limpeza.
Pensando alto: Uma reflexão sobre o futuro
“À medida que mais e mais inteligência artificial entra no mundo, mais e mais inteligência emocional deve entrar nas lideranças”
Amit Ray, cientista e autor do livro Compassionate Artificial Intelligence
E pra encerrar… 👋 💋
If our love song
Could fly over mountains
Sail over heartaches
Just like the films
If there's reason
To feel all the hard times
To lay down the hard lines
It's absolutely true
Absolut Begginers, David Bowie
Adoro!!!