Bom dia!
Na news de hoje:
Tema principal: Aposto que você não passou ileso pela Barbie
Do Meu Banheiro para o Seu: 7 Lipbalms 👄
Fab 4: Um Novo Doc Sobre as Super Models vem aí
Arte: Os Livros que Imitam a Vida
Goodbye, so long, farewell: Girls Just Wanna Have Fun?
Um surto coletivo chamado Barbie
Com FFW
É interessante perceber como o filme da Barbie tornou-se este surto coletivo que temos visto. A boneca não estava mais em seu ápice - hoje com celulares, redes sociais e plataformas de filmes, os brinquedos tradicionais ganharam fortes rivais - mas ninguém conseguiu escapar ileso dessa nova febre um tanto nostálgica.
Com uma verba de marketing de mais de US$ 100 milhões, a Mattel criou não apenas o assunto do momento, mas um novo jeito de vender uma marca. E pra mim, aí está a maior crítica - o problema não é o filme da Barbie, mas a maneira como uma grande empresa faz a gente achar que um projeto é disruptivo quando, na verdade, é uma jogada de marketing multimilionária e bem planejada.
Quando a própria Mattel é ridicularizada no filme ou quando a Barbie é criticada por uma asolescente, podemos perceber como algo corajoso e raro em um blockbuster controlador, mas é uma maneira de se safar das críticas que certamente viriam.
Convidar Greta Gerwig para dirigir foi o início perfeito para uma abordagem mais subversiva de como trazer a Barbie para as telas nos tempos de hoje. Greta é a inteligente, sensível e premiada roteirista e diretora de Lady Bird e Little Women, dois filmes que abordam questões femininas. Ela traz para o projeto seu parceiro Noah Baumbach, um dos principais nomes do cinema independente nos Estados Unidos, por trás do lindo A Lula e a Baleia, e roteirista de vários filmes do Wes Anderson.
Juntos, eles usaram sua credibilidade pra tornar relevante um filme sobre a boneca Barbie - convenhamos, este longa poderia ser um comercialzão de duas horas para a Mattel. Eles introduziram na narrativa as críticas que a Barbie recebeu ao longo de sua existência, como representações irrealistas dos corpos e falta de diversidade, e a percepção sobre as dificuldades de ser mulher no mundo real e sobre a natureza da vida em si, que é tudo, menos fácil. Naturalmente, sem deixar de carregar nas delícias alucinógenas do mundo Barbie, como casas sem paredes, dias perfeitos, flutuar até o carro, dormir e acordar de salto e… a melhor de todas, o matriarcado. Tudo ao som de uma trilha pop-solar com Dua Lipa, Lizzo, Billie Eilish, Nicki Minaj e Tame Impala.
Então, se existe algo como um blockbuster subversivo, este pode ser o caso. Eu ri e chorei no meio de uma plateia majoritariamente vestida de rosa, em um cinema de rua. Acompanhei Barbie & Ken em sua jornada de descobertas e não tive como não rir quando ele, para seu deleite, descobre o patriarcado.
Acredito que a diretora foi até onde pôde nas reflexões sobre consumismo e padrões de beleza, mas claro, ainda é um nível superficial. Ainda assim, penso em como serão as próximas Barbies a serem lançadas depois que nossa personagem descobre que não existem pessoas ou vidas perfeitas.
O filme que tem conseguido algo difícil: agradar as pessoas que amam, as que não gostam, os guardiões corporativos da marca (Mattel) e a Warner Brothers, que investiu US$ 145 milhões na produção.
Há estimativas de que a Mattel irá lucrar até US$ 1 bilhão com derivados do mundo Barbie e parcerias comerciais no planeta todo. A barbieficação aqui no Brasil está na Zara, no Candy Crush, no Burguer King e até no vagão de metrô.
Barbie é mais que uma febre pink e certamente muito mais que um filme, mas uma nova maneira de fazer marketing usando o cinema e a nostalgia como propulsores. Aguardemos os próximos lançamentos da Marvel & Co.
Texto também publicado no @ffw
Do Meu Banheiro para o Seu: Lip balms
Eu não vivo sem um lip balm na bolsa (ou no bolso). Já provei vários e aqui estão meus favoritos:
Weleda (R$ 78,90); Care (R$ 99); Adcos (R$ 139); B.o.B (R$ 48,50); Bepantol (R$ 39); Nuxe (R$ 79,99); Amo Karitê (R$ 28)
As Supers
Elas tinham 20 e poucos anos e fizeram história a mudar completamente o significado de ser modelo. Viraram celebridades, empresárias, ícones de moda e ficaram conhecidas simplesmente como as Supers. Em janeiro de 1990, essa foto foi capa da Vogue americana, reunindo os rostos que iriam definir a próxima década. Cindy Crawford é a sexy; Christy Turlington, o rosto clássico e atemporal; Linda Evangelista, a camaleoa e moderna; Naomi Campbell, a deusa de corpo escultural e uma das primeiras modelos negras a ocupar os espaços mais relevantes na moda; Tatjana Patitz (I.M.), a loira glamourosa e cinematográfica.
Eu acompanhei muito essa turma e já fiquei meio maluca quando li que a Apple vai lançar o documentário The Super Models, com lançamento em setembro. O doc volta aos anos 1980, quando Naomi, Cindy, Linda e Christy se conhecem em Nova York e alcançam um prestígio extraordinário, mudando pra sempre a profissão de modelo. Aqui o link pro trailer
“Você poderia pensar que um rockstar casar com uma supermodelo seria uma das melhores coisas do mundo. E é.”
David Bowie, que foi casado com a top Iman
Sua vida é mais ou menos assim?
O artista dinamarquês Johan Deckmann tem essa série que eu adoro de livros fictícios que abordam, com bom humor, questões da nossa vida. São palavras e frases simples que funcionam como um espelho.
E pra encerrar 👋 💋
A playlist do filme da Barbie, com Billie Eilish, Dua Lipa, Lizzo, Cindy Lauper…