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Bom dia e feliz ano novo! ☀️
Na news de hoje:
O ano do impacto
Fashism
O novo zine da Bjork
O que ando vendo
Quote: Uma frase pra refletir 🤯🤔
1 música pra encerrar: Girls just wanna have fun com um twist
O ano do impacto
2025 é o ano da serpente (pela tradição chinesa). Apesar da cobra ser sempre associada a pessoas venenosas, elas têm um simbolismo positivo em outras culturas e significam boa sorte, renascimento e realeza. A serpente também pode representar riqueza e sabedoria, mas também de grande transformação.
Mas também será o Ano do Impacto, segundo a consultoria Dentsu, que traz em seu novo relatório amostras da rápida evolução de um cenário cada vez mais impulsionado por algoritmos sofisticados. “Neste mundo expansivo, a mídia está desempenhando um papel crescente em nossas vidas, tornando-se rapidamente 100% endereçável, 100% comprável e 100% responsável”.
A principal preocupação, naturalmente, é sobre o envolvimento da IA, com exatamente metade dos entrevistados europeus afirmando que será difícil diferenciar o falso do real, e uma grande maioria (84%) querendo que as marcas divulguem quando as interações são alimentadas por IA generativa. Esse é um tema que certamente causará um impacto na sociedade e precisa ainda de muitas discussões. Não a toa, 2026 será o Ano do Cansaço (leia + no link abaixo).
A Grande Exaustão
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A seguir, algumas tendências já em andamento que serão ainda mais fortes para este ano na mídia, mkt e comportamento de consumidor.
Você sabia que…
Uma mudança impactante no uso Google está em curso. Os mecanismos de busca hoje estão cada vez mais fornecendo respostas diretas em vez de resultados. Eles estão mais chatGPT e menos agregadores de links. Quase 60% das buscas no Google está terminando sem nenhum clique, de acordo com um estudo realizado na União Europeia e nos Estados Unidos. Ou seja, o Google está virando uma experiência sem clique, o que deve mudar muita coisa, entre elas:
Muitas empresas pagam o Google para aparecer na primeira página. Se ninguém mais clicar nos links, essas empresas perderão uma quantidade enorme de tráfego, o que irá resultar em alguma perda para seu negócio, seja em dinheiro, visibilidade ou preferência.
81% dos consumidores disseram que a melhor forma de as marcas se destacarem e conquistarem sua lealdade é surpreendê-los e encantá-los de maneiras inesperadas, de acordo com uma pesquisa publicada pelo Copenhagen Institute for Futures Studies.
Mídia e criatividade trabalharão cada vez mais juntas. Com investimentos consideráveis em conteúdo ao vivo e capacidades publicitárias mais sofisticadas, os streamers oferecem novas opções para ampliar as histórias das marcas.
TV Conectada ganha escala: Você certamente tem notado os eventos ao vivo em plataformas de streaming como Netflix e Prime Video. Esporte ao vivo sempre foi prime time da televisão em termos de entrega de audiência, vide Copa do Mundo e Super Bowl, por exemplo. E é isso o que os executivos de plataformas de streaming querem trazer para seus serviços, já que os esportes possuem intervalos perfeitos para integrações publicitárias e um forte potencial para explorar os fandoms e criar conteúdos relacionados.
A nova TV é a velha TV: As plataformas estão mudando para assinaturas que incorporam anúncios, mesmo se você opta pela opção pagante. Nos Estados Unidos, a maioria dos novos assinantes pagantes de canais como Hulu, Discovery+, Disney+ e Paramount+ opta pelo opção de suporte de anúncios. O Prime Video tem um público global de mais de 200 milhões de espectadores disponíveis para assistir propaganda durante sua programação. Ou seja, tanta evolução pra gente voltar ao formato que sempre foi: programas com intervalos comerciais. A televisão conectada vai parecer cada vez mais com a televisão aberta.
Deep interest communities são as comunidades engajadas pela paixão por algum tópico, vulgo fandoms. São fãs e criadores de conteúdo ultra especializados em seus assuntos de interesse e que têm construído um público fiel e dedicado, o que confere a elas uma influência de compra. E hoje, praticamente qualquer tema ou celebridade tem o seu próprio fandom. As marcas devem investir cada vez mais nesses grupos para conversar com uma audiência engajada.
O futuro da ordem mundial será marcado por um aumento do caos, descentralização e fragmentação. Frase do especialista em geopolítica e globalização Parag Khanna em entrevista ao Farsight. A gente tá vendo isso acontecer, né? Segundo ele, a geopolítica mudará para refletir esse cenário global mais descentralizado através do multialinhamento, que é o comportamento dos países que não escolhem um lado ou outro, mas, ao contrário, são amigáveis com a China, os EUA, a Rússia, o Japão, a Índia, todos ao mesmo tempo. “Cingapura faz isso. A Arábia Saudita faz isso. O Brasil faz isso. Todos os países inteligentes estão se multialinhando".
Logo mais…
Empresas como LG e Samsung estão aplicando inteligência artificial em refrigeradores, fornos e máquinas de lavar. Uma geladeira de 2025 poderá escanear o que tem dentro dela, recomendar receitas e adicionar automaticamente ingredientes faltantes ao seu aplicativo de compras.
Ainda sobre IA, parece que este será o ano dos óculos inteligentes, como a Ray-Ban lançou com a Meta (tô evitando esse nome, mas às vezes não dá). Um artigo que li diz que eles “serão como ter um cérebro extra bem na frente dos seus olhos”. Entre as novidades que chegam ao público em até três anos está o uso da realidade aumentada, em que poderemos ver as informações se abrindo na nossa frente em hologramas, estilo Minority Report.
Fashism
Boa hora para reler essa news que escrevi em 2023 sobre a moda em tempos de ocupação. Estava me referindo à década de 1930, mas o mundo dá voltas e muitos assuntos que a gente achava que estavam enterrados voltam.
Fashism
“Dress code é uma técnica de controle das pessoas, para regular seus corpos. E ninguém sabe disso melhor do que os fascistas”. Assim a escritora Mel Campbell descreve um termo há muito tempo usado na sociedade — e bastante comum na moda — que aproveita esse controle para disciplinar e segregar.
Um zine só com Bjork
O diretor Spike Jonze tem uma longa história com Bjork. Eles se conheceram em 1995 quando uma revista pediu para ele fotografa-la no Chateau Marmont, lendário hotel de Los Angeles. Essas fotografias nunca foram vistas e agora estão nas páginas de um novo zine e exposição que o acompanha, The Day I Met Bjork, com curadoria de Humberto Leon, outro nome conhecido do circuito da moda e da arte em Nova York (ele era dono da loja Opening Ceremony).
No site WePresent, da WeTransfer, a gente pode baixar esse zine, que também traz entrevista com Spike contando sobre a gravação do clipe It's Oh So Quiet, uma das minhas músicas preferidas da Bjork.
Quanto mais conectada, mais fácil ou difícil fica a vida?
O problema realidade ultra conectada é que o aumento da comunicação digital aumenta também as demandas e modifica os processos. Para Yolanda García Rodríguez, professora no departamento de Psicologia Social, do Trabalho e Diferencial da Universidade Complutense de Madri, “as demandas de trabalho são agora maiores. A complexidade das tarefas é maior, as qualificações exigidas nos empregos estão aumentando. É necessária uma tomada de decisão muito rápida, adaptação contínua e rápida às novas tecnologias e maior concorrência e produtividade.”
O último relatório da consultoria Gallup sobre o emprego, publicado em 2023, mostrou que 44% dos trabalhadores estão mais estressados. A pesquisa mostra que há também um aumento no engajamento dos trabalhadores, o que é uma boa notícia. Quando você está engajado, você também está disposto a trabalhar mais ou simplesmente acaba fazendo isso sem perceber, o que colabora para o aumento de stress.
🎧 O que eu tô ouvindo: A minha playlist da festa Desaniversário só com hits dos anos 80, 90 e 2000. Pra manter a energia no alto.
📺 O que eu tô assistindo: Macho Alfa 😂. Uma série espanhola bem boba, os atores nem são bons, mas tem seus momentos engraçados. Pa quando a gente não quer pensar em nada.
🎞️ Último filme que vi no cinema: Emilia Pérez, na pré estreia no JK Iguatemi com a presença do diretor Jacques Audiard e da atriz Karla Sofía Gascón
🎦 Último doc que vi: Martha, sobre a trajetória de Martha Stewart (Netflix)
📸 Um trabalho artístico: A obra do sul africano Abel Emmanuel (aka Fiend), que reinterpreta a cultura da internet desde o apogeu do Tumblr nos anos 2000. Tecnologia e um visual cyberpunk encontram a cultura fofa da Sanrio.
“O futuro já está aqui – só não está distribuído uniformemente”.
William Gibson
E pra encerrar 👋 💋
Girls just wanna have fun com um twist